domingo, 22 de junho de 2008

O espírito de Hiddink e o Inacreditável Euro.

Será Guus Hiddink um génio? Um sortudo? Ou ambos?

Pois é, mais uma vez Guss Hiddink logrou levar de vencida uma selecção em quem todos depositavam o favoritismo, deixando a Rússia numa excelente posição para poder ambicionar o título.

Quando em 1995 Hiddink pegou numa selecção holandesa desfeita, reconstruiu-a e conseguiu levá-la ás meias-finais do campeonato do mundo de 1998.
Depois de uma passagem por dois clubes espanhois, voltou a aceitar um posto de seleccionador nacional, desta feita na Coreia do Sul. Com este selecção desconhecida, conseguiu atingir as semi-finais do mundial de 2002, se bem que com uma grande ajuda de artitragens bastante caseiras.
Em 2005, assinou por outra selecção, a Austrália. Mais uma vez conseguiu feitos inéditos. Primeiro ao conseguir classificar a Austrália para a ida ao Mundial de 2006, depois ao conseguir levá-la até á segunda ronda (oitavos de final, creio?).
Em 2006 assinou um contrato milionário com a selecção russa que, apesar das dificuldades em se classificar para este Euro, já está nas meias-finas. Isto tendo acabado de bater por 3-1 o principal favorito.
E agora? Conseguirá Hiddink ultrapassar o fantasma das meias e ir á final? A Espanha ou a Itália que aguardem...

Este Euro tem tido muitas surpresas! Para começar o bom futebol praticado. Selecções como Portugal, Holanda, Rússia ou Espanha têm vindo jogar um futebol aberto, ofensivo (talvez naive) e bonito. Agora, que as selecções que passaram em primeiro fossem ficando todas pelo caminho, uma surpresa muito maior. Vejamos o que faz a Espanha hoje, embora tenha um trabalho hercúleo ao tentar bater a Itália.

sábado, 21 de junho de 2008

Porque não ganhámos o Europeu!

A resposta mais lógica seria, porque perdemos com a Alemanha!
No entanto, devemos analisar com mais atenção a nossa campanha neste Europeu, que começou em Setembro de 2006, depois dum mundial em que ficámos em 4º lugar.
Primeiro, perdemos figuras muito importantes nos últimos anos que eram um garante, não só de bom futebol, como também de liderança no balneário. Figuras como Luis Figo ou Rui Costa, Pauleta ou Costinha têm substitutos á altura na selecção no que á qualidade do futebil diz respeito, mas não no que toca á alma, ao espírito de grupo e de liderança.
Segundo, a base da equipa não é mais vinda de um só clube, vindo agora de clubes diferentes, com estilos de futebol diferentes e mentalidades tácticas diferentes.
Terceiro, mostrámos que não estávamos preparados para altos voos ao não conseguirmos ganhar a nenhum dos nossos directos adversários na fase de apuramento.
Quarto, por muito que se queira escamotear a liderança de Scolari ficou afectada depois do episódio da agressão tentada ao jogador sérvio.
Quinto, e mais importante, neste momento Portugal não tem um banco á altura do seu 11 principal. Raul Meireles pode ser alternativa a Petit, temos soluções para os centrais e pouco mais. Não temos guarda-redes á altura. Nani e Quaresma são excelentíssimos jogadores, mas nunca serão alternativa a Simão e Ronaldo por falta de maturidade táctica e visão de jogo. Nenhum jogador português sabe interpretar o jogo como Nuno Gomes, por muitos golos que falhe á boca da baliza. Não existe alternativa! Deco pode ser substituido por Moutinho, que sendo diferente pode fazer a posição. Mas quando os dois jogam perde-se alternativas.
Sexto, Scolari tácticamente é uma nulidade. No jogo contra a Alemanha demonstrou porque é que nunca poderia ganhar uma prova desta importância sem uma equipa como a do Brazil onde os genes futebolísticos fazem 80% do trabalho. Neste jogo requeria-se cansar os alemães na primeira parte, sem partir para cima deles, fazê-los correr atrás da bola. Eles tinham metade dos dias de descanço que nós e, como se viu no fim do jogo, estariam rebentados depressa. Se tivéssemos tido calma e mantido a bola a rolar, sem atacar muito (jogar um pouco á holandesa) este jogo eram favas contadas. Ainda assim demonstrámos espírito, mas golos destes só sofrem selecções de terceiro mundo.

Neste momento a Holanda é a selecção que mais expectativas cria e que eva vantagem nos bancos de apostas. No entanto nunca se pode descartar a Itália ou a Alemanha. Mais nenhuma selecção me parece ter condições para ganhar o Euro-2008. A Itália não erra duas vezes e por isso vamos ver o que faz frente á Espanha, selecção que sofre do mesmo mal de Portugal, não tem banco e não é tácticamente forte. A Rússia tem um excelente futebol, mas falta-lhe a maturidade e á Turquia a sorte não pode durar sempre.

No entanto a Grécia ganhou o Euro-2004...

sábado, 1 de março de 2008

1963 - 2003

Em 1963 foi publicado em Portugal o livro "Porque não vencemos?" de Barry Goldwater. Este livro trata da luta que então os EUA travavam contra o comunismo Soviético e Chinês a nível mundial. Barry Goldwater foi um senador norte-americano pelo partido conservador cujas opiniões o Presidente Eisenhower muito estimava.
Neste seu livro o Senador Goldwater dedicou um capítulo inteiro á situação de Cuba, uma espinha cravada na graganta da democracia e liberdade americanas, dizia.
O Senador advogava que os EUA deviam avançar para uma acção enérgica militar contra as tropas de Fidel castro, para demonstrar á URSS e ao mundo que nunca permitiriam que o comunismo instalasse uma base de operações no que então se denominava Hemisfério Ocidental.
Muito crítico do Presidente kenedy, considerou inaceitável a "traição" que tinha sido cometida aos anti-castristas na famosa Baía dos Porcos. Ora na altura os EUA possuiam, e possuem ainda hoje, uma força infinitamente maior que a dos cubanos, e nem mesmo a ajuda dos soviéticos poderia ter evitado uma invasão por parte dos americanos. Mas essa invasão nunca aconteceu, muito por culpa dos presidentes americanos que nunca deram ouvidos aos militaristas que queriam tal invasão.
O paralelismo que se pode fazer entre o que dizia Goldwater, o que (não) aconteceu e 2003 (a invasão do Iraque), é que os vários presidentes da década de 60 e 70 nunca aceitaram que se devia impor as suas ideias pela força, apenas aceitando usá-la em nome da liberdade democrática quando solicitado e sempre em posição defensiva. Lembremo-nos que na altura o comunismo era, a nível mundial, a maior ameaça á liberdade dos povos. Muito maior do que aquilo que nos querem fazer acreditar que significa o terrorismo internacional hoje em dia. Mas em 2003 o Presidente George W. Bush achou por bem dar ouvidos aos militaristas e invadir o Iraque, numa acção inédita na história americana, no que justificou como sendo uma acção preventiva de busca a armas de destruição maciça.
Se tenho que dar os parabéns aos ex-presidentes americanos que nunca acreditaram que, por muito que acreditemos que as nossas convicções são as mais correctas e que as dos nossos vizinhos/adversários/inimigos estão incorrectas, devemos impor a nossa opinião pela força. Não posso deixar de criticar o cessante Presidente Bush pela invasão do Iraque, injustificada, e com as consequências que hoje todos conhecemos.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O fim de uma era!

Para muitos Cuba ficará para sempre marcada como a última terra do "verdadeiro" comunismo. Mesmo continuando a existir na China, o comunismo dos sonhadores e dos ideólogos já só existe em Cuba.
Mas por quanto tempo?
Fidel Castro, líder histórico da revolução cubana e ditador no poder há mais de 45 anos abdicou hoje de todos os cargos a favor do seu irmão Raul Castro. Apesar de só hoje ter sido oficializado, desde 2006 que Raul castro tinha assumido interinamente o poder devido ás debilidades físicas de Fidel.
Mas será para durar?
A pergunta é pertinente, por dois motivos. Primeiro porque Raul não é nem de perto tão emblemático e carismático quanto Fidel, e em segundo porque é sabido que as ditaduras raramente sobrevivem a uma mudança de líder.
Creio que estaremos perante o fim de uma era. Seja porque a ditadura acabará por cair, seja porque Raul terá necessariamente que ser diferente de Fidel para poder manter o poder, se o conseguir.

Mas o sonho ficará sempre lá, na cabeça de todos aqueles que sonham com o comunismo mundial, com o pequeno David que conseguiu fazer frente ao grande Golias (EUA) durante tanto tempo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Barack Obama

Barack Obama o fenómeno ou o fenómeno barack Obama?
Eis a questão que se coloca.
O senador do Illinois Barack Obama está a tornar-se num "case study" da política norte americana e mundial.
Aquele que aqui á 2 anos não passava de mais um senador dos EUA, tornou-se num fenómeno que ultrapassou todas as espectativas até dos mais optimistas.
A questão que coloco é se não passará de mais um normal candidato á presidência, "vítima" do mal gerado em torno da administração Bush, ou será alguém possuidor de um dom que o torna um fenómeno, diferente do comum candidato presidencial.
Na minha humilde opinião Obama é uma mistura dos dois. É um candidato diferente, visto que não é um político no sentido mais "americano" do termo. no entanto, também só está a ter o sucesso que tem devido ao estado de descrédito da politica norte americana.

Espero apenas que não seja um fenómeno passageiro. Obama merece uma oportunidade de fundo e espero que como presidente dos EUA possa passar uma mensagem que o mundo todo entenda e receba de braços abertos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Timor e O Rali

Quero aqui expressar o meu total repúdio ao que hoje aconteceu em Timor. É um atentado á democracia e ao respeito pela mesma. Agora, não me venham dizer que ninguém estava á espera. Todos sabiam que o clima democrático em Timor estáva podre e que ninguém acredita em ninguém. É dificil respeitar uma intituição quando não se acredita nela. Espero que a morte de Alfredo Reinaldo ajude a diminuir o sentimento de podridão que grassa por lá.

Acabou o rali Paris-Dakar, Barcelona-Dakar ou Lisboa-Dakar. Ou qualquer outra coisa-Dakar.
Como já havia comentado no momento do cancelamento do rali deste ano, algo cheirava mal. Na altura tinha dúvidas se o cancelamento abrupto do rali se devia apenas a razões de segurança ou se algo mais se escondia por detrás. hoje, não tenho dúvidas nenhumas. Muitos interesses se movem por detrás dum evento com fama mundial como este. Principalmente quando em vez de organizados por uma federação mundial, são organizados por instituições privadas.
Ficou mais uma vez demonstrado que em nome dos interesses económicos de alguns, se pode matar um património mundial desportivo que pertence a todos.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Eleições nos EUA

Com Giuliani cada vez mais fora da corrida, Jonh McCain parece ser aquele que mais perto está de vir a ser o futuro candidato por parte do partido republicano.
A ser assim, os democratas começam a ver a sua larga vantagem encolher a olhos vistos. Neste cenário, começa a perguntar-se quem será o melhor candidato para concorrer contra McCain. Obama tem a vantagem de ser mais carismático que Hillary, mas Clintom é mais popular que Barack. Assim, pergunto-me se não seria a solução ideal uma candidatura conjunta dos dois. Mas quem como presidente e quem como vice. Na minha opinião Hillary nunca aceitará a posição de número dois. Mas no entanto, esta parece-me que seria a melhor opção. No entanto talvez a solução Hillary número um e Obama número dois trouxesse mais estabilidade e crescimento económico, visto que os tubarões do dinheiro, a perderem para os democratas, prefeririam uma solução com Hillary em vez de Obama.